
Uma das 100 aquisições na última década da francesa Schneider Eletric pelo mundo ocorreu em Porto Alegre. Há cinco anos, a multinacional comprou a CP Eletrônica, mantendo pessoal e linha de produção. Agora, começa a estruturar um projeto para, a partir da unidade gaúcha, ganhar mercado na América Latina.
Os números globais da Schneider são impressionantes: 180 anos de atuação, 180 mil funcionários, faturamento de 27 bilhões de euros, investe 1 bilhão de euros ao ano em pesquisa e inovação e produz 1,5 bilhão de produtos por ano. Unindo esse peso global e a especialidade da antiga CP na produção de nobreaks e soluções para abastecimento de energia, a Schneider já está buscando certificações para seus equipamentos. Cleber Morais, CEO da empresa no Brasil, afirma que não é uma saída para a crise doméstica, é estratégia de longo prazo.
No Brasil, a empresa tem 4 mil funcionários, nove fábricas e 12 unidades ao todo. Além da fabricação de equipamentos que vão desde interruptores até dispositivos chamados "houses", espécie de geradores gigantes, a Schneider atua em consultoria para eficiência energética:
– Fechamos um contrato por semana nessa área no Brasil. Entramos nas empresas clientes, avaliamos os contratos de energia, a automação, tudo o que permita redução de consumo e de gastos. Nos produtos que fabricamos, a queda no consumo é um dogma, pensamos sempre em como construir de forma a consumir cada vez menos energia. Temos medidores pesadíssimos, até a minha remuneração está atrelada a esses indicadores.