
Clovis Tramontina diz ser "otimista por natureza". Ao olhar para 2017, deixa de lado o cenário recessivo na economia e vê a oportunidade para reaquecer os negócios da empresa que carrega seu sobrenome, com sede em Carlos Barbosa.
Projeta a volta ao "nível pleno" de produção na companhia para o primeiro semestre do próximo ano. Enquanto dezembro não dá adeus, comemora a manutenção do quadro de funcionários em 7,5 mil pessoas e das operações nas 10 fábricas no país e na unidade nos Estados Unidos.
Leia mais
Clovis Tramontina: "Esta crise é a pior porque é a que estamos vivendo agora"
Femsa assume operação da Vonpar como face da Coca-Cola em RS e SC
Projeções da Fecomércio indicam ano novo sem muitos foguetes
– Chegamos a produzir 400 mil panelas de inox por mês no Brasil no auge, entre 2010 e 2011. Depois, durante a crise, baixamos para 150 mil. Agora, estamos fabricando cerca de 350 mil – contou o empresário nesta quarta-feira, antes de reunião-almoço na Federasul, em Porto Alegre.
Segundo Tramontina, as vendas de ferramentas foram as que mais sofreram com a recessão, por conta da marcha à ré engatada na construção civil e na indústria. O empresário afirmou que existe espaço para o governo estimular a retomada da economia sem comprometer o ajuste fiscal, por meio da simplificação na cobrança de impostos e da desburocratização. Sugeriu que as empresas paguem tributos diretamente onde serão aplicados, seja na União, nos Estados ou nos municípios.
– Há quem fale em "feliz 2018". Não concordo com isso. Digo "feliz 2017" – ressaltou.