
Entre as previsões que eu faço em meus espaços de opinião, estava a que garantia que a Primeira Liga não daria certo. Sou bom em previsões, mas preciso confessar: errei feio ao projetar que a Primeira Liga seria um fracasso. Ela foi muito pior do que isso. Errei brutalmente. Muitos colegas nossos entendiam que a competição seria um levante dos clubes contra a CBF, que o movimento finalmente acabaria com o poder daqueles senhores que a gente conhece tão bem, que seria o embrião de uma liga. Em primeiro lugar, isso não pode.
Eu penso que há um jeito muito simples de combater a CBF: basta os 20 clubes da Série A se reunirem com os 20 clubes da Série B e decretarem que não jogarão o campeonato organizado pela entidade. Pronto, acaba a CBF no outro dia.
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O problema é que sempre existirá um, dois, três, quatro clubes que precisarão levantar vantagens de benefícios oferecidos pela CBF. A entidade, para sobreviver, faz o quê? Oferece dinheiro para quem está passando dificuldades, para quem está morto. E como os clubes estão sempre precisando de dinheiro, é fácil encontrar quem ache uma boa se abraçar ao grupo do Marco Polo del Nero. Neste momento, termina qualquer movimento, qualquer levante, tudo continua normal e a CBF segue mandando.
Farei outra previsão: daqui a 20 anos, a CBF continuará dando as cartas no futebol brasileiro por absoluta incapacidade de os clubes se acertarem. Isso ocorre porque cada um quer levar vantagem. Não tem união. Eles, na sua maioria, são rigorosamente iguais aos dirigentes da confederação. Não pensam no todo, não pensam no conjunto do futebol brasileiro. Querem apenas que seus clubes se deem bem. Então, o fracasso da Primeira Liga é bem-feito. Então, que mande a CBF.
* ZH Esportes