ECONOMIA - R$ 3,5 milhões por ano. Essa é a economia pretendida pelo prefeito eleito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), com a redução da máquina pública. Pozzobom quer cortar cargos e fundir a Secretaria de Cultura com a de Esportes e a de Turismo com a de Desenvolvimento. A prefeitura também deixará de financiar eventos, como o Festival de Balonismo. A cidade arrecada R$ 650 milhões anualmente para governar 300 mil habitantes.
– As prefeituras de Pelotas e de Canoas têm praticamente a mesma população, mas têm quase o dobro de orçamento. Governar com a receita de Santa Maria é um desafio – disse Pozzobom.
SAIA JUSTA - Não foi uma boa ideia o governador José Ivo Sartori ter alterado o local da reunião com prefeitos – da sede da Famurs para o Palácio Piratini – para a apresentação do pacote com as medidas de enxugamento da máquina pública estadual nesta segunda-feira. Visivelmente incomodados com a presença de toda a cúpula do governo no Galpão Crioulo, prefeitos contrários ao pacote não se manifestaram sobre as propostas. Do outro lado, três gestores ressaltaram os pontos positivos das propostas.

DECISÃO ADIADA - Por não haver clima para votação, a tomada de decisão sobre a postura da Famurs diante das medidas do governo estadual foi adiada. Nos próximos dias, a diretoria da federação fará uma consulta via internet aos prefeitos para que uma posição seja construída. As quase 40 medidas foram apresentadas pelos secretários Giovani Feltes, Marcio Biolchi, Carlos Búrigo e Cezar Schirmer.
DESCULPAS - Na abertura do encontro, Sartori lembrou aos prefeitos que as gestões municipais são impactadas pelos atrasos nos repasses de recursos do Estado, e lamentou:
– Eu quero pedir desculpas por muitas vezes não honrarmos os compromissos com os municípios.
Como a maioria das cidades é governada por PP e PMDB, a Famurs deve fechar posição favorável ao pacote.
MÍNIMO - A Fecomércio está apelando ao governador José Ivo Sartori para que proponha reajuste inferior à inflação para o piso regional. O argumento é de que, em meio à crise, seria uma forma de preservar empregos.