Tulio Milman

Tulio Milman

Consultor, formado em Jornalismo pela PUCRS e com especializações em Marketing pela ESPM, Recursos Humanos pela EAE (Espanha) e Storytelling por Stanford (EUA). Visitante convidado pela Wharton School em 2017 (Pensilvânia, EUA). Escreve semanalmente em ZH e GZH.

Fantasma

Popularidade de Lula nas pesquisas eleitorais é argumento forte para manter Temer na Presidência

O temor dos antipetistas e a falta de sutileza nos pedidos de propina são outros destaques do Informe Especial desta terça-feira (23/5)

BRASÍLIA - Atrás das grades. Em dose dupla.

As voltas que a vida dá. Entre os aliados de Michel Temer e os nem tão aliados assim, o argumento ganha força: os altos índices de Lula nas pesquisas eleitorais são um dos argumentos mais fortes para manter Temer na Presidência.

O temor dos antipetistas é de que uma eventual renúncia fortaleça a oposição e crie condições para aprovar a realização de eleições diretas já.

Ponteiros
Michel Temer não precisa de apoio agora. Precisa de tempo. Com ele, calculará os movimentos para recuperar espaço e se manter no cargo.

Saída digna
Se o clima se tornar insustentável, Michel Temer poderia negociar sua renúncia em troca da aprovação das reformas.

Leia também
Eleição direta agora é golpe
Há trechos da conversa com Temer que são muito mais comprometedores
Noite dos Museus devolveu Porto Alegre aos seus verdadeiros donos

A reboque
Avaliação no Planalto: o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, está devendo em proatividade e em autoridade.

Alinhamento
As Forças Armadas não deram qualquer sinal de que mudarão o discurso adotado até agora. Obediência à Constituição.

Ideia fixa
Beira-Rio, sábado à noite. Um jogador colorado perde uma bola fácil no meio de campo. A torcida, já impaciente, reclama, aos gritos: "Larga a bola, imbecil", "burro", "idiota".

Sentado em sua cadeira, o ator Rogério Beretta, um dos Homens de Perto, espera uma brecha de silêncio e encaixa, na hora certa, o xingamento que faz todos os que estão em volta caírem na gargalhada: "Corrupto!".

REPÚBLICA DOMINICANA - Tem corrupção? Tem Brasil.

XXX
Sempre pensei que esse negócio de corrupção fosse mais sutil, cheio de meias palavras e de entrelinhas.

– Senador, nossa empresa acredita nas suas propostas e por isso vamos financiar sua campanha com R$ 2 milhões.

– Obrigado, me sinto honrado.

– O senhor sabe que temos os nossos interesses aí em Brasília...

Que nada. O poder é direto, grosseiro, explícito, impróprio.

– Me dá 2 milhões, Joesley.

– Ok, tô mandando a mala.

Bem assim. Sem preliminares, sem rituais de acasalamento, sem vergonha, chulo, mecânico.

– Não somos apenas bons amigos – é o que dizem quando são flagrados.

Leia outras colunas de Tulio Milman



GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Sem Filtro

19:00 - 20:00