Três anos depois da revelação da existência de um articulado cartel para desviar dinheiro da Petrobras, a Operação Lava-Jato vive o seu momento de maior impacto, com a chegada ao Supremo Tribunal Federal (STF) das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Nesse período, a investigação rompeu os limites de Curitiba, onde é comandada pelo juiz de primeira instância Sergio Moro, passando a influenciar até mesmo países vizinhos. E tem hoje como mérito inquestionável o de estar desvendando um esquema enraizado de corrupção sistêmica, no qual a cobrança de propina é a regra. Mesmo longe do final, pelos seus sucessivos desdobramentos, a iniciativa já se firmou como um marco ao provar que é possível persistir na luta por um país mais ético.