Ao determinar a abertura de inquéritos contra oito ministros do atual governo, 29 senadores e 42 deputados federais, incluídos aí os presidentes da Câmara e do Senado, o ministro-relator da Operação Lava-Jato, Edson Fachin, autoriza a maior investigação de corrupção política da história do país. Entre os 98 investigados, estão também três governadores estaduais, um ministro do Tribunal de Contas da União e 24 outros políticos e autoridades sem foro no Supremo, mas de alguma maneira relacionados aos fatos investigados. Embora investigação não signifique culpa, pois agora os investigadores têm que juntar provas para apontar indícios de autoria e materialidade de crimes para apresentar as denúncias ou pedir o arquivamento, os suspeitos ficam fragilizados politicamente para continuar exercendo suas funções. Isso pode significar a paralisação temporária das atividades parlamentares, das reformas e do próprio governo.