O tom adotado ontem pelo presidente Michel Temer na primeira manifestação pública depois de ter sido denunciado por corrupção passiva dá uma ideia do custo que a crise política ainda deve impor ao país. Além de se confrontar com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciando vingança e criticando provas, o presidente deixou evidente a intenção de barrar a denúncia na Câmara, para não se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). E, por mais que tenha reafirmado a intenção de preservar a economia, a estratégia da defesa deve implicar riscos adicionais nessa área. A consequência mais provável é o adiamento da possibilidade de retomada do crescimento.
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