Por mais que, numa democracia, as decisões do Executivo precisem do aval do Congresso, uma crise fiscal tão grave como a que o país enfrenta hoje exige alternativas acima de tudo técnicas. Nas revisão da metas fiscais, incluindo a decisão de elevar o déficit primário para R$ 159 bilhões para este ano e o próximo, anunciada ontem, há um excesso de ingerência de integrantes de partidos da base de apoio ao governo. A maioria deles está entre os que impediram na Câmara a investigação do presidente da República por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora cobram a fatura. O ônus, obviamente, fica com todos os brasileiros.
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