Bruna Porciuncula
Anunciado com pompa e circunstância sete anos atrás, o projeto dos Portais do Guaíba parece ter morrido na praia e se ainda se movimenta é com nenhuma prioridade e importância no rol de iniciativas da prefeitura. Pela proposta inicial, oito finais de ruas da Tristeza que têm acesso direto à margem do Guaíba ganhariam áreas de convivência e contemplação da paisagem, com bancos, lixeiras e iluminação.
Em 2007, a Rua Mario Totta e a Avenida Otto Niemeyer foram contempladas com os portais. Tempos depois, a Doutor Barcellos recebeu o seu portal. Os cinco restantes _ nas ruas General Rondon, Vicente Failace, Doutor Armando Barbedo, Almirante Câmara e Padre Reus _ nunca saíram do papel. Na General Rondon, até uma casa foi construída na área.
Na prefeitura, as informações dão a impressão de que mal se sabe onde está o projeto. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), que tinha a guarda do extinto programa Guaíba Vive, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há recursos previstos para a iniciativa. No Gabinete de Desenvolvimento e Assuntos Especiais, a informação é de que os portais serão incorporados pelo projeto de revitalização da orla, mas não se fala em datas, tampouco em recursos.
A conselheira da Região de Planejamento 6 Anadir Alba protocolou, há cerca de dois meses, um pedido de esclarecimento sobre o futuro dos portais junto à Secretaria Municipal de Urbanismo:
_ Continuo aguardando. Esses portais seriam feitos como contrapartidas a obras feitas na região e até hoje nada foi feito.