Depois de pelo menos quatro meses de polêmica, 240 árvores do Hospital de Clínicas foram cortadas para dar espaço para os novos anexos do complexo. As árvores, que foram removidas nesta sexta-feira e sábado, representam de 10% a 15% da vegetação da instituição e serão substituídas com cerca 900 exemplares a serem plantados na área do hospital e na vizinhança.
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O engenheiro do Hospital de Clínicas, Fernando Martins, explica que agora será feita a remoção das árvores e das raízes e, em seguida, devem começar a fazer a locação da obra.
- Estavamos há algumas semanas com problemas de agenda para retirar as árvores. Agora, não há mais nenhum entrave para começar a obra - conta Martins. O prazo para a conclusão da ampliação é de 36 meses.
O impasse envolvendo o corte começou em fevereiro quando ambientalistas questionaram a necessidade da retirada de tantas árvores e protocolaram um pedido para que houvesse uma audiência pública no Ministério Público.
A prefeitura resolveu a situação fazendo uma lei para que as questões do meio ambiente e do patrimônio não impedissem a obra. O apelo da obra, em um hospital, conquistou a maioria dos vereadores. A lei foi sancionada em 6 de março pelo prefeito José Fortunati.
Apesar da tristeza de perder as árvores, Flávio Cabalero, morador da Rua Ramiro Barcelos, está conformado:
- Entendo que é um mal necessário. A ampliação do atendimento, a vida do ser human,o é mais importante.
A ampliação do maior hospital do Rio Grande do Sul, prevista desde 2012, já havia se envolvido em outra polêmica. O estilo modernista do prédio o elevou ao patamar de edifício inventariado, o que torna proibido por lei determinadas interferências na estrutura e no entorno do edifício.
