
A queda de um cachorro do quarto andar de um prédio na Rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro da Capital, é investigada pela 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. A investigação começou depois que moradores do prédio relataram ter ouvido gritos e barulhos referentes a maus-tratos com o animal. O cachorro, chamado Twid, tem porte médio e cor caramelo e foi encontrado caído no térreo do edifício por volta das 10h30min desta sexta-feira.
Segundo o delegado Paulo Cesar Caldas Jardim, que acompanha o caso, existe a hipótese de a morte ter sido provocada pela proprietária do cão. A jovem de 34 anos não foi presa em flagrante.
À polícia, a jovem afirmou ter dado uma vassourada nele depois que o animal "comeu seu telefone". Depois, o cachorro teria caído pela janela.
- Eu nunca tiraria a vida dele, era minha principal companhia. Eu cuidava dele, gastei dinheiro com castração, comida, banho e tosa - diz a suspeita, negando ser a responsável.
Uma vizinha relata ter ouvido pela manhã latidos do cachorro e gritos, e pelo barulho, diz não ter dúvida de que o cachorro foi atirado. Outro vizinho defende a suspeita, dizendo que a jovem seria incapaz de tirar a vida do animal:
- Ela não é uma pessoa má. Vi o estado dela quando ele morreu. Estava em prantos, chorava feito criança - argumenta.
O proprietário de um restaurante onde a dona de Twid costumava almoçar diz que conhecia a jovem desde que ela era criança e que sabia do amor que ela nutria pelo amigo canino.
- Quando ela comia aqui, sempre pedia para levar a marmita para o cachorro. Eu embrulhava e ela levava o resto de arroz, feijão, carne. Ultimamente, fazia tempo que não aparecia - afirma o homem, que prefere não se identificar.
Caso a polícia identifique que a suspeita é responsável pelos maus-tratos ao animal, a pena poderá ser de um mês a um ano de prisão, sendo que aumenta essa pena quando o cachorro morre. Uma das linhas de investigação é de que a jovem sofra de perturbação mental. Neste caso, ela não cumpriria a pena e seria realizado o recolhimento em uma clínica para atendimento psiquiátrico.