Acalentada por milhares, abominada por outros tantos, a Copa do Mundo está acabando. Neste domingo, a bola deixará de rolar, a cúpula da Fifa voltará à Suíça. Aos brasileiros, restará o que se convencionou chamar de legado, expresso em obras de mobilidade urbana, parte delas inacabada.
O Mundial deixa uma série de aprendizados para a gestão pública no Brasil. Governantes comemoram a possibilidade de redesenhar cidades, mas a pressa, a falta de planejamento e a burocracia deixam uma herança de pendências, precedidas por atritos com setores que desejavam ter opinado sobre temas como remoções, cortes de árvores e reintegrações.
Em Porto Alegre, 19 obras foram previstas como legado da Copa, mas apenas seis estão prontas (em outra contagem, o número de construções é de 20, porque o Viaduto da Pinheiro Borda é dissociado da ampliação da Avenida Padre Cacique). De todos os empreendimentos, 14 são de responsabilidade da prefeitura, que captou R$ 888 milhões em financiamentos federais.
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