Humberto Trezzi / Brasília
A Unidade de Repressão aos Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal realizou nesta quarta-feira uma operação no Hospital Petrópolis e numa clínica oftalmológica em Porto Alegre, ligada ao administrador daquele estabelecimento. Nos locais, foram apreendidos documentos e computadores. A suspeita da PF é que a administração esteja envolvida em uma fraude.
Auditorias realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Ministério da Saúde concluíram que, durante a realização de 1,1 mil cirurgias de cataratas realizadas pelo Hospital Petrópolis, ocorreram diversas cobranças irregulares. Além de prontuários médicos incompletos, a investigação constatou que as operações foram cobradas como se tivesse ocorrido facoemulsificação nas cataratas - mas inspeções demonstraram que não foi usado o aparelho facoemulsificador em 20% dos casos. A facoemulsificação é a remoção da catarata por meio de ultrassom. O hospital assegura que fez as cirurgias e que algum erro ocorreu no preenchimento dos documentos referentes ao uso do aparelho. Mas a auditoria assegura que não é equívoco:
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