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A SMS explicou que o caso foi descartado como sendo ebola porque Senegal está há mais de 21 dias sem registro da doença e o paciente não teve contato com outras pessoas suspeitas de estarem com o vírus.
A chegada de um senegalês na manhã desta terça-feira ao Centro de Saúde Santa Marta, na Rua Capitão Montanha, no centro de Porto Alegre, causou tensão entre os funcionários devido à suspeita de que ele estivesse com ebola. Por volta das 11h30min, o homem entrou no posto e, após cerca de uma hora, foi retirado em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O nervosismo se espalhou entre os servidores porque a equipe da ambulância se protegia com máscaras.
Depois, a suspeita de ebola foi descartada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No entanto, os funcionários do Santa Marta relataram que o nervosismo se aprofundou por causa das más condições do local. Segundo uma servidora, há banheiros interditados, falta de máscaras e é preciso conviver com ratos e baratas. Ela questiona a capacidade de se enfrentar uma doença como o ebola na cidade:
- As gurias estavam apavoradas. A primeira coisa que imaginei foi que é um vírus que estamos sujeitos a pegar e não queremos levá-lo para casa e espalhar pelas nossas famílias. As chefias não estão nem aí porque não estão aqui dentro. Não temos capacidade nenhuma para combater uma epidemia - afirmou a funcionária, que pediu para não ser identificada.
O senegalês está há dois dias na Capital. A SMS desconhece o motivo da visita dele ao Brasil e não soube dizer para onde o paciente foi levado depois do atendimento no Santa Marta. A secretaria reforçou que o homem foi isolado no posto e se tomou todas as precauções para evitar qualquer possível contágio.
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Sobre as reclamações dos funcionários, a SMS garante que a cidade está preparada para enfrentar a doença. Há ambulância do Samu específica para casos de ebola, roupas e equipamentos também próprios para atender pacientes e foram realizados três treinamentos com equipes de atendimento.
