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Após registro de estupro ao meio-dia no Parque da Redenção, em Porto Alegre, a Brigada Militar afirma que já intensificou o policiamento na região, mesmo o parque já sendo uma área de prioridade.
De acordo com o tenente-coronel Francisco Vieira, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, são 37 hectares, o que demandaria um pelotão inteiro para fazer o policiamento ostensivo.
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O caso do abuso sexual ganhou repercussão após a própria vítima relatar, de forma anônima, a ação de dois homens em uma página do Facebook. Segundo o tenente-coronel Vieira, mesmo que aconteça, o registro policial de estupro na Redenção é raro e dificulta o planejamento de efetivo.
- As mulheres, ou as vítimas, acabam silenciando, até por vergonha. Isso prejudica logicamente a investigação e o trabalho preventivo da polícia. Se eu não sei de algum fato naquele local, pra mim é tranquilo, então meu planejamento operacional fica prejudicado - disse o Comandante.
Na sexta-feira (20), a jovem foi ouvida por cerca de três horas na Delegacia Especializada da Mulher. Após depoimento, os peritos do Instituto Geral de Perícias chegaram a um retrato falado dos suspeitos, além de apurar o apelido de um deles através de testemunhas. O foco agora é identificar e localizar esses homens.
Assim como a Brigada Militar, o Delegado Cleber Ferreira, que responde sobre o caso, afirma que não existe outro registro parecido neste horário e que a investigação ainda não conseguiu imagens de segurança.
- A nossa esperança é que pode ser que algum prédio, naquela hora, possa nos fornecer esses dados, essas imagens - afirmou o delegado.
O caso reforça a importância do projeto de cercamento eletrônico da Redenção, prometido para julho de 2013. A prefeitura já garantiu o financiamento de R$ 1,3 milhão junto ao Badesul, mas a instalação de 21 câmeras depende de licitação. A nova promessa é até o final de 2015.