Municipários deixam a entrada da EPTC e partem rumo à Câmara Municipal
Foto: André Mags
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Após o vice-prefeito Sebastião Melo anunciar o cancelamento da reunião que prefeitura e servidores em greve teriam na tarde desta segunda-feira, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) iniciaram caminhada em direção à Câmara Municipal, onde pretendem pressionar o Executivo a aceitar um novo encontro ainda nesta segunda-feira.
No início da manhã, representantes do Simpa e do Executivo municipal se reuniram para tratar da confecção do projeto de lei que combaterá o efeito cascata nos salários dos servidores - causado pelo cálculo indevido sobre o salário total para concessão de reajustes e benefícios, e não somente sobre o básico, como deveria ser. De acordo com a diretora de Comunicação do Simpa, Carmen Padilha, o texto está bem parecido com o do projeto que o próprio sindicato havia feito.
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A expectativa dos grevistas era de que ainda nesta segunda-feira fosse realizada uma reunião entre as partes para que as conclusões pudessem ser levadas à assembleia da categoria, marcada para terça-feira pela manhã.
O vice-prefeito justificou que o cancelamento da reunião foi motivado pelo fato de servidores terem bloqueio a rua Siqueira Campos, em frente à prefeitura, por volta das 11h. Porém, o acesso ao prédio administrativo, na mesma rua, permaneceu liberado - condição inicial para que prosseguissem as tratativas com a prefeitura sobre a paralisação dos servidores, que dura 13 dias.
- Pedi para o Simpa não trancar a rua. A cidade virou um caos, todo mundo ficou trancado no Centro. Estamos sempre dispostos s negociar, desde que tenha civilidade - afirmou Melo.
Diretores do Simpa e outros municipários chegaram a ir até a sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) no início da tarde, com esperança de que ocorresse o encontro no auditório do órgão de trânsito, às 15h30min. No local, porém, Carmen recebeu um telefonema confirmando o cancelamento.
- É um desrespeito com a categoria - disse Carmen, que ainda criticou a decisão de cancelar a reunião com base no fechamento da rua, e não do prédio, que seria a combinação.
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