
Atropelado por volta das 10h30min desta quarta-feira na Avenida Ipiranga, próximo à CEEE, em Porto Alegre, o gari Tiago dos Santos, 30 anos, morreu durante a tarde no Hospital Cristo Redentor. Ele recebeu atendimento médico, foi internado, mas não resistiu aos ferimentos. A informação foi confirmada por um colega e pela mulher da vítima. Além dele, Luis Eduardo Munhoz, 35 anos, também foi atingido e segue internado no Hospital de Pronto Socorro com traumatismo craniano e hemorragia.
O motorista do Uno, identificado como Amâncio Antunes Filho, 66 anos, perdeu o controle do veículo na Avenida Ipiranga, no sentido Centro-bairro, e atropelou as duas pessoas, que trabalhavam na capinagem. O carro parou no talude do arroio. Ele fez teste de etilômetro e não foram constatados índices de embriaguez. Segundo a Brigada Militar, o aposentado teve um mal súbito.
O gari Mauricio Padia da Silva, 38 anos, assistiu de perto o atropelamento dos dois colegas. De acordo com ele, o condutor do Uno "veio para cima" dos trabalhadores que capinavam nas margens do Arroio Dilúvio.
- Todo mundo da região se revoltou, até quem estava numa academia perto. O cara fez um absurdo, a avenida estava vazia - relatou Silva.
"Todo mundo da região se revoltou", diz gari que viu atropelamento
Tiago dos Santos ficou caído próximo ao local da colisão. Em seguida, começou o tumulto. Revoltados com o condutor, os garis empurraram o veículo para dentro do arroio. A Brigada Militar precisou intervir e evitar que a confusão se agravasse. O sargento Dirceu Antônio de Melo sacou a arma e apontou para os trabalhadores:
- Havia o risco de o aposentado ser linchado. Ele chegou a ser atingido com socos. Foi necessário (sacar a arma) pelas agressões. Eles estavam vindo para cima de mim inclusive - disse Melo.