
Os responsáveis pela obra de ampliação do Hospital de Clínicas, alvo de uma inspeção do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou possíveis sobrepreços que totalizam R$ 49,2 milhões, apresentaram justificativas aos questionamentos feitos pela Corte e aguardam nova manifestação do TCU sobre os esclarecimentos prestados. Nenhum dos apontamentos resultou em recomendação de paralisação da obra - medida tomada em casos graves.
O relatório cobrou explicações para itens como "preços excessivos" em alguns itens de obra, "índices inadequados" para correção de preços e descompasso entre valores pagos para refeições de operários e o percentual de execução da obra. O engenheiro responsável pela ampliação, Fernando Martins, afirma que todos os pontos destacados na inspeção foram explicados na resposta ao tribunal e se devem a pecularidades técnicas de uma obra tão complexa:
- Tudo o que é calculado por índices diferentes é apontado pelo tribunal como sobrepreço. É preciso entender que se trata de uma obra muito complexa, com mais de 4,8 mil itens diferentes. Mas respondemos a todos os questionamentos e estamos tranquilos.
Segundo a assessoria de comunicação do tribunal, o TCU "analisa a manifestação do hospital para prosseguir com o processo. Na próxima fase, a unidade técnica encaminhará a sua conclusão para o ministro-relator, que então poderá pautar novo julgamento. Não há prazo determinado para esse trâmite".
Martins lembra, ainda, que o Clínicas recebeu na quarta-feira um prêmio de boas práticas da Controladoria-Geral da União (CGU) pela transparência com que a instituição divulga o projeto de ampliação. Isso inclui a divulgação sistemática do andamento da obra e dos investimentos realizados para o público interno e para a sociedade em geral.
Confira imagens da ampliação do Hospital de Clínicas: