Com cartazes e na companhia de seus animais de estimação, moradores da Rua São Luiz, no bairro Santana, em Porto Alegre, mobilizaram-se na tarde deste domingo para pedir justiça pela morte do cão Theo, yorkshire da professora Isabel Cristina Maciel Luz, 48 anos, morto depois de ter sido chutado por um vizinho da moradora. Segundo ela, a agressão teria ocorrido depois que o animal fez xixi na frente do prédio do homem, que vive na mesma rua.
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O protesto foi organizado pelas redes sociais e teve como ponto de encontro o local de trabalho do suposto agressor. Os manifestantes seguiram em caminhada, gritando palavras de ordem e com cartazes em punho, até a Igreja São Francisco de Assis, a poucas quadras dali.
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O protesto também contou com a solidariedades de moradores de outros bairros, protetores de animais e de quem era surpreendido pela caminhada. Carros buzinavam em apoio à causa e pessoas abanavam e gritavam das sacadas reforçando o coro.
– A gente tem certeza que isso não vai ficar impune. Foi uma crueldade o que aconteceu. Me imaginei no lugar dessa moradora – comentou o assessor parlamentar Sandro Siqueira, 29 anos, que saiu do Jardim Carvalho com a mulher, Alessandra Ferret, e o cão Ted para participar da manifestação.
A agressão ao cão da professora Isabel Cristina ocorreu no final da tarde da quinta-feira passada. O caso foi parar na na 11ª Delegacia de Polícia da Capital. De acordo com o delegado Adilson Carrazzoni dos Reis, ele deve ouvir entre segunda e terça-feira o morador acusado da morte do animal e a polícia segue coletando provas e depoimentos sobre o fato.
O homem, segundo Carrazzoni, já tem antecedentes policiais, entre eles uma agressão a outro vizinho. A identidade do suposto agressor não foi divulgada e ele pode ser indiciado por crueldade contra animais, com pena de até dois anos de prisão, geralmente revertida em penas alternativas.
A professora aguarda o exame de necropsia em Theo, que deve apontar com detalhamento a causa da morte. O resultado deve ficar pronto em 10 dias. O animal tinha 11 anos e vivia no bairro com a família há menos de um ano.
– A gente não sabia que esse homem era violento. Agora, buscamos embasamento legal para tomarmos as providências. Vamos fazer tudo pela Justiça – disse o marido de Isabel Cristina, Wilson Acosta.
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