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Vale tudo para chamar a atenção em meio aos bloquinhos: inovar na forma de vender cerveja, oferecer brinquedos com pisca-pisca para a criançada e até levar um cusco a tiracolo.
Com o Bloco de Apoio, um grupo de amigos transformou uma kombi em um aparato com torneiras de cerveja para matar a sede dos foliões. A venda eles fizeram antes da festa começar, via WhatsApp.
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- Assim não precisamos ficar com dinheiro na mão e nos preocupar com a insegurança – disse Mário Prati, o idealizador do biertruck, que esperava vender 100 litros de cerveja artesanal por dia mas acabou vendendo 200 em todo o Carnaval.
Oferecer tiara da Minnie, brinquedo da Peppa, flor de cabeça e "guampinhas piscantes" foi a escolha da vendedora Rovaine Marla para ganhar dinheiro em meio ao bloco infantil. Os materiais, trazidos da China, são alvo das crianças, mas também dos adultos.
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E se, para uns, o Carnaval é oportunidade de fazer negócio, para Yuri Stormovski, 22 anos, é ocasião perfeita para reforçar a rede de amigos. Foi pensando nisso que levou sua cadelinha Mel para o bloco, como pretexto para chamar atenção, distribuir sorrisos e explicações sobre a mascote. Morador do Sarandi, ele diz que a vira-lata está acostumada com festa.
– Ele é minha rainha, está junto sempre – brincou o folião.
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Marchinhas de ponta a ponta
Um corredor festivo. Foi nisso que a Rua da República se transformou na tarde desta terça-feira, quando os Blocos Rua do Perdão e Deixa Falar ocuparam a via, cada um em um canto, sem interferência musical. Nas imediações da José do Patrocínio, o foco era o público infantil, e a banda arriscava, entre uma marchinha e outra, clássicos da gurizada. Na outra ponta, mais próximo da Avenida João Pessoa, o Deixa Falar investia em hits carnavalescos e sambas antigos. Em ambos, a presença ostensiva da Brigada Militar e EPTC agradou o público.
– Não imaginei que fosse ter tanta gente, mas achei o clima tranquilo e bem seguro, só lastimei ter acabado cedo – disse Berenice Fontoura, 51 anos.
Foi a mesma impressão do casal Oman Siqueira, 54, e Adão Bandeira, 65. Gostaram de quase tudo, exceto da falta de banheiros químicos e do horário do encerramento:
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– A iniciativa é super bacana, ficamos surpresos com a quantidade de pessoas. Só acho que deveria começar mais tarde, por causa do calor – afirmou o publicitário.
Estreante nos bloquinhos, a estudante Brenda Rodrigues, 20 anos, estava um pouco tímida e contrariada com a música. Na opinião dela, "poderia ter mais pop", mesmo assim, curtiu ver a alegria das pessoas e garantiu: vai voltar no próximo ano.