Bárbara Müller
Na semana passada, o Executivo enviou à Câmara um projeto que permite a concessão de serviços de água e esgoto em Porto Alegre para a iniciativa privada. A proposta motivou uma manifestação conjunta de ex-diretores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que discordam da alternativa, nesta terça-feira (8). Contatado para falar sobre as críticas dos ex-dirigentes do órgão, o secretário de Parcerias Estratégicas Bruno Vanuzzi, no entanto, descartou a possibilidade de privatização.
O prefeito Nelson Marchezan justifica que seria necessário investir R$ 1,77 bilhão em coleta e tratamento de esgoto e R$ 926 milhões em tratamento e distribuição de água para universalizar os serviços até 2035, como prevê o Plano Municipal de Saneamento Básico de Porto Alegre. Já os ex-diretores questionaram a escolha da prefeitura pela parceria com a iniciativa privada argumentando que a manobra vai na contramão da tendência mundial – cidades como Paris, que recorreram a parceiros privados, reestatizaram o serviço anos atrás, citam.
- Mais sobre:
- dmae