Porto Alegre

Efeitos do temporal

Dia de limpar a casa e contar os prejuízos no bairro Praia de Belas

Alagamento na área está relacionado à falta de energia na casa de bombas

Jéssica Rebeca Weber

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Alagamento tomou a Aureliano na quinta-feira
Foto: Diego Vara

Na última quinta-feira, alagamentos tomaram conta da Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, junto à esquina com a Borges de Medeiros, e em ruas adjacentes, como a Dr. Vicente de Paula Dutra, onde a água invadiu prédios e impediu a passagem de veículos.

O diretor do Departamento de Esgoto Pluvial (DEP), Tarso Boelter, afirma que o incidente ocorreu por causa da falta de luz no local onde ficam os equipamentos que bombeiam água para o Guaíba - a energia foi restabelecida no final da tarde de quinta-feira. Segundo Boelter, nos últimos dois anos, a prefeitura trabalha na elaboração de projeto de modernização de oito casas de bombas, que devem receber geradores de energia.

- Pretendemos publicar o edital de licitação dentro de 15 ou 20 dias. A casa de bombas nº 16 (que atende a área dentro do bairro Praia de Belas) está contemplada no primeiro lote - afirma.

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Com relação ao alagamento na Avenida Praia de Belas, próximo à sede do Corpo de Bombeiros, Boelter conta que a origem é outra: não há bombeamento no local, as águas são canalizadas, por gravidade, até o Arroio Dilúvio. Com o Guaíba cheio e, consequentemente, o Dilúvio represado, a água retorna pela mesma rede, gerando alagamentos. Para este problema, não há solução prevista, de acordo com o diretor do DEP.

O taxista Hélio Martins Duarte, 64 anos, mostra no portão do prédio a marca da água, que passou de 30 centímetros do solo. Conta que, quando a energia voltou e as bombas voltaram a funcionar, a água baixou em meia hora.

Auxiliar-administrativa em um escritório de advocacia da Rua Dr. Vicente de Paula Dutra, Michele Chaves, 36 anos, conta que a equipe nem conseguiu chegar ao escritório na quinta-feira, em decorrência do alagamento. Nesta sexta-feira, ela encontrou um cenário triste dentro do imóvel:

- Tudo destruído, muito sujo, muita água de esgoto - conta, acrescentando que ficou o dia inteiro limpando o local.

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Indignada, ela conta que já é a quarta vez que entra água no escritório só neste ano e estima que o prejuízo já passe de R$ 80 mil. Assim como os vizinhos, sabe que o problema é a casa de bombas, que para de funcionar quando falta energia elétrica.

- Não precisa ser um gênio para saber que precisa de um gerador e que é um custo muito pequeno comparado a tudo que as pessoas perdem. O carro do vizinho ficou boiando na garagem - queixa-se.

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