Porto Alegre

Solidariedade

Projeto da Ceasa doa alimentos para mais de 30 mil pessoas em Porto Alegre

Programa Prato para Todos recolhe excedente de comercialização da Ceasa e encaminha para entidades

Felipe Martini

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A cena se repete de segunda-feira a sexta em um dos pavilhões da Ceasa em Porto Alegre, por volta das 17h.

- Boa tarde seu Gilmar, já sabe o que vai sobrar hoje? - pergunta o jovem de jaleco verde que empurra um carrinho de carga.

- Sim. Duas caixas de chuchu. Pode levar para doação - responde Gilmar, funcionário que trabalha numa das bancas do pavilhão A4.

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A conversa faz parte do Programa Prato para Todos, programa das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul lançado em outubro deste ano. A proposta é destinar alimentos e oferecer educação alimentar para mais de 30 mil pessoas de baixa renda, atendidas por cerca de 150 entidades de Porto Alegre.

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- Esse programa trabalha com o excedente da comercialização da Ceasa. Não é sobra, não é comida de chão, são alimentos que não foram vendidos e por isso são doados por produtores e atacadistas - explica Ernesto Teixeira, presidente da Ceasa/RS.

A rotina é simples: todos os dias ao final da tarde, voluntários _ jovens de fazendas terapêuticas em recuperação _ vão ao pavilhão de produtores e do setor atacadistavpara verificar junto aos funcionários quais alimentos não serão vendidos.

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- Lá pelas 16h30min, os produtores já dizem: "vai sobrar uma caixa de tomate, duas de alface" - conta Teixeira.

O alimento doado é levado a um pavilhão para a triagem, onde são classificados e armazenados, para depois comporem kits que ainda tem pães doados pela Seven Boys:

- Quando o alimento chega aqui, é feita uma avaliação para selecionar todo o alimento que está em bom estado e pode ser consumido - afirma Claiton Ferreira, supervisor do Banco de Alimentos da Ceasa/RS.

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As entidades vão até a Ceasa com carros e caminhões para buscar as hortaliças, frutas e legumes, que alimentarão crianças e adultos atendidos pela instituição. 

- Com a vontade e solidariedade dos atacadistas e produtores, posso afirmar que, no fim de 2016, estaremos garantindo alimento a 50 mil pessoas - projeta o presidente Teixeira.


Doações são feitas no final da tarde por produtores e atacadistas
Foto: Felipe Martini

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