
O pedido da bancada do PT para que o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari,comparecesse à Câmara para explicar como foi realizado o teste dos 30 segundos nos semáforos para pedestres, no final de abril, não foi aprovado na tarde desta quarta-feira. Três vereadores votaram a favor, 16 contra e quatro se abstiveram.
- Se não conseguirmos demonstrar o quanto o teste foi direcionado, fica um dogma de que não se pode fazer mudança nenhuma que privilegie o pedestre em Porto Alegre, uma cidade que precisa de mudanças - diz o vereador Marcelo Sgarbossa (PT), autor do projeto que previa o mínimo de 30 segundos nas sinaleiras de pedestres.
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O vereador afirma que o teste foi direcionado e que, no mínimo, houve incapacidade de gerenciamento do teste por parte da EPTC. A intenção do projeto, segundo Sgarbossa, era alterar apenas o tempo do sinal vermelho para o motorista (para que tivesse pelo menos 30 segundos, período no qual o pedestre atravessaria a rua), mas a EPTC teria reduzido drasticamente o sinal verde, o que seria o real motivo dos congestionamentos gerados no dia em que o teste foi feito.
Os problemas de mobilidade para os pedestres na Capital serão sentidos também pelos estrangeiros que vierem assistir os jogos na Capital, segundo Sgarbossa:
- Eles sentirão na pele o quanto os pedestres não são respeitados na cidade.


