Bruna Scirea
A construção de viadutos e passagens de nível em cinco cruzamentos da Terceira Perimetral pode reduzir em até 40% o tempo necessário para atravessar a cidade, mas os transtornos causados pelas obras ainda vão demorar para terminar.
Antes de fevereiro de 2016, uma das vias mais importantes de Porto Alegre, que recebeu verbas da Copa do Mundo para receber as obras que faltavam, não estará completamente pronta - conforme a previsão atual da Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégicos. Pela estimativa atual, o primeiro projeto a ser concluído será o viaduto da Bento Gonçalves, em fevereiro de 2015.
Neste pelo menos um ano e meio, o trabalho deve começar ou se intensificar em três canteiros de obras que se acumulam em um trecho de cerca de um quilômetro na Perimetral: as trincheiras da Rua Anita Garibaldi e da Avenida Cristóvão Colombo e o viaduto da Avenida Plínio Brasil Milano - este último só estará pronto 18 meses depois do início da construção, que não tem nem sequer previsão de sair do papel (veja, abaixo, a situação de cada obra).
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- Quando se der um ritmo acelerado a essas obras, teremos inicialmente lentidão em toda a região. Mas acreditamos que isso seja amenizado a partir do momento em que as pessoas passarem a conhecer o sistema viário que está disponível (os desvios disponíveis). Quando aplicarmos os desvios da Plínio, teremos um aumento no transtorno, mas não é para ser significativo - afirma Vanderlei Cappellari, diretor da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Para o especialista em trânsito e professor da UFRGS João Fortini Albano, a Terceira Perimetral já "nasceu praticamente saturada", quando foi inaugurada, em 2006. A postergação das obras para eliminar os gargalos - previstas no projeto mas que não foram feitas na época por falta de verbas - reduziu ainda mais a capacidade de suprir as necessidade da expansão urbana e da frota de Porto Alegre.
- Essas intersecções deveriam estar prontas há pelo menos cinco anos. No entanto, embora atrasadas, ainda são modernas e absolutamente indispensáveis para dar uma sobrevida à mobilidade naquela região. Só com elas a Perimetral poderá respirar - acredita Albano, que avalia em uma melhora de 40% no fluxo depois de concluídas.
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