Educação

Vivência oriental

Gaúchos com experiências na China relatam importância do mandarim

Depois de estudar o idioma mais falado no mundo durante anos, Kelly Castro e René Gesat partiram rumo ao Oriente e contam como foi viver lá


Foto: René Gesat / Arquivo pessoal

Do kung-fu aos ideogramas

Kelly Castro de Araujo / Arquivo pessoal
Kelly Castro começou a estudar mandarim movida pela curiosidade. Hoje fluente no idioma, ela soma experiências na China

Atraída pela sonoridade da troca de palavras entre colegas chineses, a estudante de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Kelly Castro, 24 anos, começou a se interessar pelo mandarim. Enquanto acompanhava as conversas dos colegas orientais a caminho de aulas na faculdade - ainda sem entender a língua chinesa -, ela ficou determinada a aprender o que significavam aquelas sílabas tão sonoras, que pouco têm a ver com os fonemas do alfabeto ocidental.

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Fluente em cinco idiomas - além do português e do mandarim, fala alemão, inglês e espanhol -, Kelly deu início ao aprendizado por conta própria: buscou podcasts, filmes e músicas em mandarim.

- Comecei a procurar, sozinha, sites que me ajudassem a entender o mandarim. Achei bastante material online, e comecei a estudar todo dia. É preciso dedicação, mas, depois de algum tempo, já é possível trocar as primeiras palavras - garante.

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O hobby se traduziu em experiências profissionais e em uma rede de contatos que se estende até o outro lado do mundo. Em 2012, ela foi convidada para trabalhar como tradutora para a Canton Fair, a maior feira multissetorial do mundo, realizada a cada dois anos na China. Kelly ficou um mês morando lá e voltou ao país em outras duas oportunidades. Passou dois anos atuando na área de importação e, hoje, enquanto trabalha em traduções e termina a faculdade, mantém o plano de morar no lado oriental do globo.

Os diálogos naquela língua estranha chamavam tanto a atenção de René Gesat na infância quanto os golpes de artes marciais que ele via nos filmes. Os ideogramas também povoavam seu imaginário: mesmo sem entender o que significavam, desenhava as palavras, atraído pela beleza dos traços. Os desenhos se tornaram letras, passaram a fazer sentido e o interesse pela língua estranha levou René, 29 anos, a passar um ano estudando na China.

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A fluência veio com o passar dos anos - até chegar um ponto em que não encontrou mais aulas para expandir seu conhecimento em Porto Alegre. Ao terminar o quinto nível de língua chinesa na escola China em Foco, há três anos, ele partiu rumo a Pequim, onde cursou semestres complementares de aulas em mandarim na Universidade de Comunicação da China.

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René conviveu com os empecilhos durante o aprendizado, mas contou com a ajuda de professores nativos para tirar suas dúvidas. Enquanto não dominava a gramática, compreender os diálogos dos filmes se mostrou uma tarefa difícil. Ainda hoje, mesmo estando em um nível de proficiência avançado, é preciso acompanhar as cenas com legendas: basta uma palavra escapar para a frase deixar de fazer sentido.

- Aprender a escrever foi mais fácil, na base da repetição. Mas falar e entender o que eles falam é o mais difícil, não tem como aprender sozinho - descreve.

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* Zero Hora

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