
Enfrentar 7,8 mil candidatos para tentar garantir uma entre 98 vagas nem é - ou, pelo menos, não deve ser - a principal preocupação dos candidatos a uma vaga de Medicina no vestibular da UFRGS. A dificuldade, aqui, é outra, e pode ser traduzida em números. A nota mínima para garantir a aprovação tem aumentado ano a ano e, no último concurso, significou que os aprovados precisaram acertar cerca de 20 questões (das 25) em cada uma das provas objetivas.
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Claro que a quantidade de candidatos e a exigência de altas notas estão diretamente relacionadas, mas a orientação de professores é deixar esses números um pouco de lado. O melhor é pensar no próprio desempenho mais do que na densidade de concorrentes.
- São realmente poucas vagas para tanta gente batalhando por elas. Mas, em um vestibular tão concorrido, é indiscutível a importância de dominar o conteúdo. O maior desafio dos candidatos da Medicina é superarem a si mesmos - afirma a diretora do Unificado Med, Luísa Canella.
A UFRGS estima que menos da metade dos candidatos realmente esteja disputando as vagas a cada ano. Em Medicina, a abstenção tem sido, inclusive, maior do que a média do vestibular. Isso pode ser explicado pela quantidade de inscritos de outros Estados que decidem não vir fazer a prova, ou ainda por candidatos que acabaram aprovados em outras seleções.
Avaliando todas as possibilidades
Ainda que parte da concorrência acabe ficando de fora da disputa - seja pela abstenção, pela presença de treineiros ou de candidatos posteriormente aprovados em outros processos seletivos -, cada aspirante à faculdade mais procurada no vestibular sabe que vai enfrentar milhares de concorrentes muito bem preparados. Por isso, mais do que os números brutos da densidade, a dificuldade está em conseguir médias excelentes.
- Para o aluno que busca ingressar pelo acesso universal, em especial, o desempenho tem de ser espetacular. Mas, se a gurizada se preocupar com a quantidade de candidatos, vai pirar. A concorrência deles são o sono, a exaustão, as próprias dificuldades - explica o professor de matemática Gustavo Reis.
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Os professores garantem que, para conseguir a aprovação, os alunos precisam se munir de todas as armas possíveis: fazendo o Enem e aproveitando a nota para melhorar a média no vestibular, disputando as vagas no Sisu e, se possível, também em outras universidades, inclusive nos vestibulares de inverno e em outros Estados. Mas o fundamental, para os que estão convencidos de que Medicina é o curso que desejam seguir, é não desistir no primeiro baque.
* Zero Hora