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Facebook, WhatsApp, Twitter, GTalk...ferramentas que usamos muito para interagir com amigos e família estão também cada vez mais presentes no ambiente de trabalho. Utilizadas para tornar processos e comunicação mais eficientes, no entanto, podem acabar afetando a qualidade do serviço feito.
Uma pesquisa da George Mason University, dos Estados Unidos, apontou o impacto negativo do Gchat, serviço de mensagens instantâneas do Google muito popular entre os norte-americanos, especificamente sobre a produtividade no trabalho.
No estudo, um grupo de estudantes foi chamado para produzir redações. Em um momento, eles eram interrompidos por mensagens e no outro fizeram o texto sem os alertas de mensagem do Gchat. Na avaliação da qualidade feita na sequência, o material produzido nos períodos sem interrupção foi considerado mais satisfatório.
- É inevitável o aumento do uso dessas ferramentas de comunicação no trabalho, mas é preciso ter a consciência para utilizar os serviços como uma fonte de qualificação profissional - comenta a vice-presidente de expansão da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS), Simone Kramer.
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O principal problema do Gchat e de outros aplicativos e sites é que eles obrigam o profissional a ser "multitarefa", ou seja, a realizar mais coisas no mesmo intervalo de tempo. E como é impossível manter a qualidade com tantas distrações, alguma coisa ficará comprometida.
Como resolver?
Sim, falar é fácil, mas é difícil resistir àquele alerta de mensagem recebida sem correr para visualizar. Apesar de as ferramentas serem largamente utilizadas no ambiente de trabalho, o debate sobre a questão ainda é relativamente recente e as soluções para problemas gerados pelo uso excessivo são pouco debatidas. Medidas bruscas tomadas por algumas empresas, como o bloqueio ao acesso de funcionários a determinados sites, passam longe das recomendações.
Logar-se menos, checar os e-mails - assim como o smartphone - em intervalos determinados, , são algumas dicas para quem quer manter a qualidade do seu trabalho sem ser considerado um desertor das redes sociais.
- Acredito que deva ser debatido com as pessoas. Tirar é uma ação coercitiva. É preciso levar a um debate e tentar trazer para a consciência do trabalhador - recomenda Simone.
* ZERO HORA