
Ao encontro do Papa
"Tradição é tradição.
Eu fui a Roma e vi o Papa, duas vezes. O mesmo Papa, diga-se: João Paulo II. Havia duas oportunidades na semana para tanto: era assim em 1996, quando assisti a uma das audiências gerais da quarta-feira, e em 1998, quando participei do Angelus, a bênção do Pontífice dos domingos. Continua igualzinho a hoje, com algumas diferenças tecnológicas.
Na minha estreia, fiz a reserva para as vagas restritas da área fechada por fax (veja só, o fax era importante meio de comunicação na época). Na segunda, na Praça de São Pedro, peguei o passe ali no Vaticano mesmo, já que eu estava hospedada na própria cidade de onde o chefe da Igreja Católica governa (ou pensa que governa) seu rebanho. Nunca vou esquecer o endereço: Via di Monte del Gallo.
Todo dia, na volta para casa, dava uma passadinha pela praça. Com um abanico para as 140 estátuas esculpidas pelos pupilos de Bernini, o criador da portentosa Praça de São Pedro, costumava me despedir da jornada pela história e arte de Roma e do Vaticano com uma taça de vinho e um bom prato de pasta na redondeza. E ficava imaginando como seria o encerramento do dia do Papa, que eu acreditava já dormitar por trás da distante janela de seus aposentos. Será que ele também encerrava o dia com uma taça de vinho?
Hoje, para participar da audiência, basta entrar no site www.vatican.va), no link da Prefeitura Pontifícia, e pedir os bilhetes, para depois retirá-los no local."
Rosane Tremea, editora de ZH e colunista do Viagem
Para guardar na memória
"Fiz uma visita muito rápida (só tinha um dia para conhecer Roma). Dei sorte que o papa João Paulo II passou bem perto de mim no Papamóvel. A dica que eu daria é que compre um desses livros com todas as obras da Capela Sistina, porque é impossível reter aquelas maravilhas na memória. Fui em maio, que é um período muito bom - nem muito frio nem muito quente."
Rosane de Oliveira, colunista de Política de ZH
Foto: Arquivo pessoal

Com benção, sem museu
"Uma dica: deixar para visitar no domingo de manhã e poder assistir à bênção do Papa. A parte ruim: o Museu do Vaticano, onde se encontra a Capela Sistina, fica fechado aos domingos. Para visitar a Capela (museu), é melhor ir na parte da tarde. Há muito menos filas e é bem mais tranquilo, pois os grupos, geralmente, vão pela manhã. Vale subir a torre da Basílica de São Pedro, atividade que é paga. Apesar de ser uma subida com muitos degraus e locais extremamente apertados, a vista, tanto externa quanto da própria cúpula da basílica por dentro, é linda."
Camila Levandowski (foto), funcionária pública e leitora do Viagem
Cidade grandiosa
"Em novembro do ano passado, assistimos à missa do papa Bento XVI realizada todas as quartas-feiras no grande pátio da Basílica São Pedro. Tivemos a graça de o Papa passar por duas vezes na nossa frente. Depois, fizemos a visitação interna. O que nos chamou atenção foi a estátua de Pietá, de Michelangelo, e o túmulo do papa João Paulo II. Tudo é grandioso, organizado e limpo."
Adão Henrique e Ana Cristina Concer, leitores do Viagem
Silêncio na Capela Sistina
"Sempre que leio sobre o processo de escolha de um novo Papa, que se dá na Capela Sistina (foto ao lado), imagino os cardeais sussurrando, falando por mímica ou passando bilhetinhos uns aos outros. Isso porque, ao entrar na capela, os visitantes mal podem suspirar pela beleza da magnífica obra de Michelangelo que ouvem quase imediatamente um "ssshhhhh" de algum dos guardas.
Ok, imagino que a definição do grande interlocutor vivo dos católicos com Deus seja algo muito sagrado, muito mais do que o mimimi dos turistas. É algo que realmente justifique quebrar o silêncio de um local santo. Mas, confesso, não deixo de imaginar os cardeais discutindo o futuro da Igreja por mensagens via Facebook.
Brincadeiras à parte, o fato é que palavras são dispensáveis dentro da Capela Sistina. A boca deve estar calada para os olhos fazerem melhor seu trabalho. Admirar. Admirar. E admirar um pouco mais. A capela é menor do que eu imaginava. Mas não importa. A grandiosidade fica por conta da detalhada pintura do artista italiano.
Aliás, até é bom concentrar os esforços em olhar, porque não dá para tirar fotos lá dentro. Além das imagens oficiais que se encontram na internet, as lembranças vão ficar na memória, mesmo. (Confesso: tirei uma foto escondida.)
Priscila De Martini, editora do Viagem
Capela Sistina
Foto: OSSERVATORE ROMANO
A melhor vista

"Morava em Florença e fui passar um final de semana em Roma. Em um desses dias, acabei indo visitar o Vaticano, mas não tive a sorte de presenciar nenhum acontecimento muito relevante. Uma das dicas que dou é certamente subir até a cúpula - afinal, a vista da cidade em 360º é linda! E o legal da subida (ou descida no meu caso) é passar pela lojinha de suvenires, onde pude comprar cartões-postais, escrever e colocar no correio ali mesmo!"
Henrique Tramontina, designer responsável pela revista digital Belezas Gaúchas
Para evitar filas
"Cheguei cedo lá, e tinha uma fila gigante. Então minha prima comentou que é possível comprar o ingresso pela internet, com horário agendado. Nós fomos em uma lan house, compramos e agendamos para entrar uma meia hora mais tarde, imprimimos e ficamos em um café. Quando chegou o horário, fomos ali para frente e entramos, evitando a fila. Além disso, o Vaticano é meio que um labirinto. O ideal é seguir os mapas que eles entregam, senão as pessoas se perdem lá dentro."
Jaqueline Sordi, repórter de Zero Hora
As melhores épocas
Na minha primeira e única visita ao Vaticano, cometi uma espécie de pecado capital: fui a Roma e não vi o Papa. Apesar da falha, o grande acervo de obras, a imensa variedade de pontos históricos e os deliciosos pratos de espaguete e pizza não deixaram nada a desejar.
No verão, faz muito calor por lá. Fui em julho e, frequentemente, os termômetros de rua marcavam 40ºC. Para aproveitar o passeio sem ter de enfrentar a alta temperatura, procure programar a viagem para a época da primavera ou do outono.
Mas, se as férias estiverem previstas para os meses mais quentes do ano, atenção ao visitar a Basílica de São Pedro (especialmente as mulheres) e a Capela Sistina. Não é permitido entrar com os ombros ou as pernas de fora. Por isso, blusas de alcinha e saias acima do joelho estão vetadas. Vendedores ambulantes se aproveitam das desavisadas - como eu - e vendem lenços para cobrir as partes expostas e não estragar a ida ao mais importante santuário católico do mundo.
Na Capela Sistina, minha dica é: procure um dos poucos bancos da sala e sente para ficar o tempo que achar necessário admirando os afrescos de Michelangelo.
Uma curiosidade que me chamou atenção: em 2011 (ano da minha viagem), os suvenires de João Paulo II ainda eram os mais exibidos. E até mesmo um banner gigante do antigo Papa era exibido na Praça de São Pedro (na foto acima)."
Débora Ely, jornalista de ZH
Foto: Arquivo Pessoal
