Criados em um Rio Grande do Sul urbano, moderno e plural, jovens tradicionalistas querem participar do movimento, mas sentem-se sufocados por um apego a valores e normas inflexíveis nos quais já não enxergam sentido. Confrontada com essa geração, a patronagem do gauchismo vê-se diante do dilema de manter as regras intocadas, em nome do culto ao passado, ou abrir a porteira para a renovação, garantindo que o tradicionalismo tenha um futuro.
>>Leia as últimas notícias de Zero Hora
Esse mal-estar fez uma de suas aparições mais notáveis em maio, quando Jean Diniz, 25 anos, praticante da chula desde a infância e jurado das principais provas da modalidade no Estado, remeteu uma carta à cúpula do MTG para cobrar um posicionamento em relação à juventude. Em 26 páginas, fez um desabafo e apresentou 29 questões, abordando temas como o espaço para o pensamento livre e para a diversidade sexual dentro do tradicionalismo. E não obteve resposta convincente, na visão dele.
- Mais sobre:
- ctg
- tradicionalismo
- jovens