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Mitos e verdades sobre o paracetamol

Saiba os beneficíos e os malefícios de um dos analgésicos mais consumidos do mundo

Felipe Martini

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Médicos avaliam os riscos de tomar paracetamol para curar a ressaca

Para os adeptos da automedicação ou aqueles que adoram ter uma farmácia na gaveta da cozinha, um medicamento nunca pode faltar: o paracetamol. O fármaco é um medicamento com propriedades analgésicas de baixa potência comumente utilizado para tratar dores. Por não ter o uso controlado, é um dos remédios mais consumidos no mundo. ZH conversou com dois especialistas para saber os benefícios e os malefícios da medicação.

1 - O paracetamol serve para qualquer tipo de dor - Mito

Segundo o neurologista Pedro Schestatsky, coordenador do Departamento Científico de Dor da Academia Brasileira de Neurologia, existem três tipos de dor: a dor nociceptiva, que é a dor do músculo, dos ossos, dos ligamentos; a dor neuropática, que se caracteriza pela lesão do nervo; e a mista, que é uma mistura das duas. O paracetamol é especificamente recomendado para tratar a dor nociceptiva. O medicamento até pode responder para as outras dores, mas isso depende do paciente.

2 - Tomar antes da atividade física evita o superaquecimento e prolonga o tempo de treinamento - Verdade

Semelhante à dipirona, o paracetamol tem propriedades antitérmicas. Ele evita o superaquecimento do organismo, mas não é recomendado para atletas, porque pode mascarar uma hipertermia maligna, doença muscular relacionada à atividade física.

3 - Tomar paracetamol na gravidez pode prejudicar a formação do bebê - Mito

Para o Dr. Luciano Mello, professor de Farmacologia Médica da UPF, não existe contraindicação no uso do medicamento na gravidez. Entretanto, a administração do analgésico tem que ser avaliada pelo médico. A gestação não é o momento de se tomar qualquer tipo de remédico sem orientação médica.

4 - Tomar paracetamol para curar a ressaca pode causar lesões hepáticas - Verdade

O paracetamol é a principal causa de morte por falência hepática no mundo. O uso diário acima de quatro comprimidos de 500 mg já pode comprometer o fígado. O medicamento atenua a dor de cabeça, mas não tem efeito específico sobre a ressaca. Tanto o álcool quanto o paracetamol tem toxicidade hepática, e o mais indicado é controlar a quantidade ingerida de bebida e manter a hidratação com água e sucos.

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