Com a venda de maconha nas farmácias a partir deste ano, o Uruguai caminha para ser a "Holanda da América Latina"?
Não queremos isso, não está dentro dos objetivos políticos e jurídicos da lei. Os países vizinhos têm que ter a tranquilidade de saber que este é um problema uruguaio, e que não vamos gerar problemas a eles. Os fins da lei não são a promoção do consumo. Se eu me coloco num esquema de turismo canábico, promovo o consumo. Regulamos para atacar em parte o problema, porque não o resolve completamente. Temos uma política de consumo responsável e redução de riscos. É uma regulação, não liberação. Fizemos o mesmo com o álcool e o tabaco. Há que se derrubar muitos medos e preconceitos. Algo que sempre foi ilegal gera medo. Temos que proteger esse começo, esse processo inicial.