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Hipertensão, colesterol alto e problema de coluna podem estar relacionados a trabalho, diz pesquisa

Estudo divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira mostra que pessoas que têm ocupação são as que mais sofrem das três doenças

Zero Hora

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Um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta possível relação entre a ocorrência de hipertensão arterial, colesterol alto e problema crônico de coluna ou costas com o fato de a pessoa ter ou não ocupação. Essas são as três doenças crônicas não transmissíveis mais citadas na Pesquisa Nacional de Saúde 2013: Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho.

Ao cruzar as informações sobre as doenças com a posição dos entrevistados no mercado de trabalho, o IBGE concluiu que a incidência é maior entre as pessoas ocupadas (que trabalham durante toda ou parte da semana) do que entre as desocupadas (sem trabalho, mas em busca).

– Observamos que, de fato, a população ocupada apresenta mais hipertensão, por exemplo, do que a desocupada. Aqui, não descartamos uma relação entre a hipertensão e o fato de estar ocupado ou desocupado – relata Maria Lucia Vieira, gerente de pesquisas domiciliares do IBGE.

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Em relação às pessoas fora da força de trabalho (não classificada como ocupada ou desocupada), a análise feita pela pesquisa é de que elas registram maiores percentuais por terem mais idade – as três doenças crônicas estão mais presentes nas faixas etárias elevadas, sobretudo entre 65 e 74 anos.

A pesquisa mostra que 7,6% da população com 18 anos ou mais sofre de depressão. Entre as pessoas ocupadas , o percentual é de 6,2%, enquanto para as desocupadas é de 7,5% e fora da força de trabalho chega a 10,2%.

– Sobre a depressão, a pesquisa não identificou uma relação direta entre estar ocupado e desocupado. Entendemos que a questão está mais ligada à posição da mulher fora da força de trabalho e a pessoas com mais idade – afirma Maria Lucia.

A pesquisa aponta que as mulheres apresentaram prevalências de diagnóstico de depressão mais elevadas – 10,1%, enquanto os homens são 3,3%. Em relação aos grupo de idade, observa-se um aumento da incidência conforme aumenta a idade até 59 anos; depois, há uma queda.


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