Comportamento

Desafio

Erradicação da pobreza é meta global para os próximos 15 anos

Assessor de programa da ONU destaca avanços do Brasil e do Rio Grande do Sul em áreas para o desenvolvimento econômico e social

Haroldo Machado Filho participou de vento da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho

Há um esforço global em curso para que se alcance uma meta ambiciosa: erradicar a pobreza e proporcionar uma vida mais digna à população de todo o planeta nos próximos 15 anos. Em vigor desde o início de 2016, a Agenda 2030, acordada entre 193 chefes de Estado e de governo e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), lista 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, relacionados abaixo) nas dimensões econômica, ambiental e social para que se chegue lá. Às vésperas de mais uma eleição municipal no Brasil, temas como educação, saúde e infraestrutura, entre outros tópicos eleitos como prioritários pelos participantes dessa iniciativa mundial, devem ganhar força nos debates envolvendo a sociedade e os aspirantes aos cargos públicos.

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Em Porto Alegre para a assinatura, ontem, de um termo de parceria com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Haroldo Machado Filho, assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ministrou um workshop e falou sobre os desafios do Brasil rumo ao cumprimento dos 17 ODS. A Agenda 2030 dá continuidade, com maior detalhamento e abrangência, aos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que nortearam as nações entre os anos de 2000 e 2015. Nesse período, o Brasil apresentou avanços importantes, com mais crianças frequentando a escola, redução do número de infecções pelo vírus HIV e mais pessoas acessando água limpa. O único quesito em que o país não alcançou a meta foi na redução da mortalidade materna, ainda que tenha obtido uma diminuição significativa nos óbitos.

Em relação à performance do Rio Grande do Sul, o destaque foi a queda de mais de 50% no número de gaúchos vivendo abaixo da linha da pobreza: essa faixa correspondia a 16% da população no ano 2000, índice que baixou para 7,2% em 2010.

Os bons resultados nos ODM permitem que se faça, segundo Haroldo, uma projeção otimista para o desempenho nacional e local na nova etapa com os ODS. A relação de 17 itens, destaca o assessor, serve para pautar o trabalho dos gestores públicos, sendo também facilmente transposta para o dia a dia de todos os cidadãos.

– É uma agenda para chefes de Estado e chefes de família – explica Haroldo. –Os ODS têm que ser vistos como uma ferramenta poderosa de planejamento a médio e longo prazo. Reduzir a desigualdade é um grande desafio para o Brasil, um dos países mais desiguais do mundo – acrescenta.

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