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Campanha nacional de mobilização contra o Aedes aegypti começa nesta sexta-feira

Para reduzir o número de mosquitos no verão, população precisa acabar com criadouros agora

A campanha de mobilização contra o mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, o Aedes aegypti, deve iniciar nesta sexta-feira em todo o país. Por conta da chegada do verão, estação em que os mosquitos se reproduzem mais facilmente, o Ministério da Saúde propôs que todos os Estados e municípios façam ações relacionadas ao tema.

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A ideia da mobilização, conforme o ministério, é dedicar todas as sextas-feiras para verificação de possíveis focos do mosquito. A ação foi convocada na terça-feira pelo ministro Ricardo Barros, em uma videoconferência com os secretários de saúde dos Estados.

– A diminuição dos mosquitos vai impactar diretamente na redução no número de pacientes com essas doenças, por isso a importância destas ações nas escolas, empresas, casas e complexos residenciais – afirmou o ministro.

Em Porto Alegre, será realizado um evento do Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Aedes na Secretaria da Saúde, a partir das 9h30min. O ato deverá ter a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Depois da reunião, às 11h, a Secretaria da Educação fará o lançamento da Gincana Estadual TchêSomeAedes, na Praça de Eventos do órgão.

Criadouros do mosquito devem ser eliminados antes do verão

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a infestação de Aedes aegypti é monitorada durante todo o ano, por meio de 935 armadilhas instaladas em 31 bairros da cidade. Além disso, 120 agentes trabalham visitando as residências, com objetivo de eliminar os focos do mosquito e orientar a população.

O médico veterinário da Vigilância em Saúde do órgão, Luiz Felippe Kunz, alerta que a população precisa eliminar os focos do mosquito agora se quiser ver menos deles voando por aí no verão. Isso porque alguns ovos do Aedes aegypti podem ter sobrevivido ao inverno.

– Por ser um mosquito tropical, de origem africana, ele se reproduz mais rapidamente no verão. E alguns ovos colocados no final do último verão podem ter sobrevivido ao inverno. Por isso, é preciso que a população elimine o mais rápido possível os locais com água parada de suas residências – afirma.

Chefe da fiscalização da Vigilância em Saúde, Jerônimo Carvalho, acrescenta que a população também pode denunciar à prefeitura focos do mosquito, por meio do telefone 156.

– A maior parte das denúncias é por causa de focos em terrenos ou residências abandonadas. Em janeiro do ano passado, chegamos a receber 1.200 denúncias de criadouros do mosquito.

Municípios devem seguir mobilizados mesmo na transição política

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Mauro Junqueira, que participou da videoconferência de terça-feira, alertou para a importância dos municípios continuarem mobilizados para o combate ao mosquito mesmo no momento de transição política.

– Em janeiro, cerca de 3 mil novos secretários municipais de saúde devem assumir o cargo, por isso estamos trabalhando em conjunto com os gestores para manter os trabalhos de mobilização contra o Aedes aegypti nos serviços de saúde, empresas e residências, dando sequência ao trabalho – afirmou.

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