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Foi proibida a venda de mais um lote de extrato de tomate da Heinz com pelo de roedor acima do limite. A resolução está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são do blog Lado Natureba, da Rádio Gaúcha.
O laudo é do laboratório de Minas Gerais:
"apresentou resultado insatisfatório ao detectar matéria estranha indicativa de risco à saúde humana, pelo de roedor, acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente"
A Anvisa proíbe a distribuição e comercialização do lote L. 11 07:35 do extrato de tomate da marca Quero. É produzido por Heinz Brasil S.A, na fábrica que fica em Nerópolis (GO).
A empresa tem que recolher o estoque que já está no mercado.
A marca Quero foi comprado pela Heinz em 2011, quando ainda era uma empresa dos Estados Unidos. Dois anos depois, a Heinz foi comprada pelo grupo brasileiro 3G e pelo investidor norte-americano Warren Buffet.
Em nota, a empresa comunicou que já tomou as devidas providências para retirar todo o lote do mercado em agosto de 2016, quando soube do ocorrido.
Confira na íntegra a nota de esclarecimento.
"Sobre publicação do Diário Oficial referente ao lote de produto fabricado em dezembro de 2015, a Quero Alimentos informa que, em total respeito ao consumidor e à ANVISA, já tomou as providências aplicáveis para retirar todo o referido lote do mercado em agosto de 2016, quando tomou ciência do ocorrido.
Ressalta, ainda, que nos últimos anos fez grandes investimentos em novas tecnologias para aumentar ainda mais a qualidade do tomate no campo e de seus produtos, e grandes progressos foram alcançados. A companhia afirma com segurança que os rigorosos controles no processo produtivo garantem a eliminação de qualquer risco ou prejuízo à saúde.
A Quero Alimentos reafirma sua transparência em todas as etapas da produção, desde o recebimento dos ingredientes até a distribuição do produto final, com foco no atendimento às legislações aplicáveis a alimentos, de forma a oferecer aos consumidores total confiabilidade no alto padrão de qualidade da marca.”
Acima do limite? Entenda:
Há limites para materiais estranhos em alguns alimentos. Vão de pelos a insetos inteiros. Acima dessa tolerância que a Anvisa considera prejudicial à saúde.
O limite foi estabelecido por legislação de 2014. Os fragmentos não podem ser vistos a olho nu. Até então, não eram tolerados pela Anvisa.
Na época da norma que implementou os limites, a Anvisa alegou que era inviável muitas vezes eliminar todos os fragmentos. Exemplos de produtos que permitem, até um limite, a presença de “matérias estranhas”:
No caso de insetos, não vale moscas, baratas ou formigas, por exemplo. Anvisa considera que estes trazem riscos à saúde.
A norma completa, que estabelece "disposições gerais para avaliar a presença de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicativas de riscos à saúde humana e/ou as indicativas de falhas na aplicação das boas práticas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas", pode ser conferida aqui.
* Rádio Gaúcha