
Foi bom enquanto durou, mas tudo indica que o veranico de julho deve ceder espaço para oscilações mais expressivas nas temperaturas a partir de agosto. O mês que começa nesta terça-feira (1º) deve ser marcado por três ondas de frio, mais chuva e menos calor.
Mas nem o frio será tão intenso, nem o calor, tão forte quanto em julho. As mudanças ocorrem devido ao rompimento parcial de um bloqueio atmosférico que impedia a chegada de frentes frias ao Estado. Isso permite a aproximação de três ondas de frio – uma a cada 10 dias –, mas que não devem ser tão fortes quanto as do mês passado, quando a mínima no Estado chegou a -4,5°C. O calor acima da média também deve dar uma trégua.
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– Tudo leva a crer que o mês tenha um padrão diferente, mas não quer dizer que não fará calor. Acontece que, desta vez, ele não será tão duradouro – estima o meteorologista Celso Oliveira.
A chuva também deve dar as caras com mais frequência. A tendência é de acumulados maiores nos primeiros 10 dias do mês e no fim de agosto. Regiões como a metade Sul, próximo à fronteira com o Uruguai devem ter chuva acima da média.
Calor recorde e estiagem marcam julho
Julho acabou com uma marca importante nos registros históricos do Estado. Conforme a Somar Meteorologia, as temperaturas máximas ficaram, em média, 5°C acima do normal, fato que não era visto desde julho de 2008. Na região de Lajeado e Estrela, por exemplo, o natural seria 18°C nos termômetros, mas na prática, o que se observou foram máximas de 23°C. Porto Alegre, que na média histórica ficava na casa dos 19,5°C, teve um mês com média de 23,5°C.
Se por um lado o calor e a falta de chuva chamaram a atenção, os raros episódios de frio também foram assunto. Em 19 de julho, pelo menos 18 municípios acordaram com temperaturas abaixo de 0°C no RS. Um dia antes, a Capital registrou 2,9°C, menor mínima desde julho de 2013.