Acostumado ao divertimento com brinquedos e livros, um grupo de crianças atendidas pelo Instituto do Câncer Infantil, em Porto Alegre, foi surpreendido na tarde deste sábado (15) com um show de cães amestrados.
Desde bebês recém-caminhando até adolescentes, todos se encantaram com a habilidade dos animais com saltos, piruetas e danças. A iniciativa é fruto de uma parceria do instituto com a DogHero, um empresa que atua no ramo de hospedagem domiciliar de cães. Apresentação semelhante ocorreu em março no Asilo Padre Cacique, também na Capital.
A ação beneficente foi para crianças que estão alojadas na casa de apoio do Hospital de Clínicas. Luiza Gabriely Balieiro, 12 anos, de Manaus, que trata de um linfoma, era uma das mais empolgadas com a bicharada, pois fez lembrar do Ricochete, o galo de estimação.
— É muito bom para ela. Estamos longe de casa a 11 meses — contou a mãe, Luizeth Balieiro, 51 anos.
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Luiza afagou Cooper, um Golden Retriever, aplaudiu Buda, uma cadela maltês que dançou em duas patas, e se deliciou com os malabarismos de Bud, um Border Collie. Os animais fazem parte de um grupo chamado de cães-anfitriões, cujos donos hospedam em suas casas outros cachorros.
Popularmente rotulado como melhor amigo do homem, o cão é considerado por especialistas como excelente instrumento de ajuda em terapias.
— Às vezes, a criança tem muita dificuldade de expressar seus sentimentos, e o animal se coloca como um facilitador, fazendo uma conexão e modificando comportamentos — explica a psicóloga Giane Schmaedecke, pesquisadora da relação do cão com o homem, trabalha com terapia assistida com animais e pioneira no Estado em hospedagem doméstica de cachorros.
De acordo com a também psicóloga Meiriane Azeredo, estudos indicam que o contato com cães trazem benefícios para quem sofre, por exemplo, com depressão e Alzheimer, estimulando hormônios do bem-estar, aumentando a imunidade e reduzindo dores.
— Ajuda até na memória, pois faz a pessoa a seguir rotinas. O animal pede comida, quer sair para passeios — acrescenta Giane.
