Lúcia Pires
Foi por coincidência e pura sorte de viajante que, entre um grupo de jornalistas convidados a visitar Ouro Preto, em Minas Gerais, fui hospedada no Grande Hotel. O lugar não é uma casa antiga transformada em pousada, nem tem paredes coloniais, como eu provavelmente escolheria caso tivesse feito a reserva para realizar o sonho de conhecer as ruas por onde andou o alferes Tiradentes. No alto de uma ladeira íngreme, porém, o hotel se revelou a melhor opção. Não por suas boas acomodações, mas por ser uma legítima obra do mestre Oscar Niemeyer, em pleno centro da cidade histórica. Móveis, colunas e até lençóis são assinados pelo arquiteto. O clima anos 50 também está na varanda panorâmica, voltada para as muralhas verdes que cercam a espetacular Ouro Preto. E, no saguão, Niemeyer ainda opina sobre a cidade: