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Acaba de ser aprovado pelo Senado projeto de lei que obriga todos os hospitais e maternidades no país a realizarem o chamado "teste da linguinha" em bebês recém-nascidos. O projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
O teste detecta uma alteração na membrana que conecta a língua ao assoalho da boca (chamada de frênulo). Ele permite identificar casos de língua presa e eventuais problemas que podem prejudicar a amamentação, que provocam o desmame precoce ou o baixo ganho de peso do bebê.
Originalmente, a proposta estabelecia que, além do teste, teria que ser realizada cirurgia corretiva caso se constatasse que o bebê tivesse língua presa. Os congressistas, porém, retiraram esse artigo. Apenas o teste passa a ser obrigatório.
Se não houver veto da presidente, os hospitais e maternidades terão prazo de 180 dias para se adequarem à medida (prazo fixado na proposta).
- O distúrbio da fala ou da pronúncia [dislalia] pode interferir nas atividades escolares, sociais e familiares da criança, o que ressalta a importância do diagnóstico e do tratamento precoces da anomalia- diz o parlamentar Eduardo Amorim (PSC-SE), relator do texto.
A obrigatoriedade do teste ainda divide pediatras e fonoaudiólogos. A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF) o defende para prevenir problemas de fala de jovens e adultos por falta de diagnóstico na infância. Já a Sociedade de Pediatria de São Paulo é contra. Um parecer da entidade afirma que o exame da cavidade oral já é realizado rotineiramente pelos pediatras e que a lei criaria uma despesa desnecessária - o que os fonoaudiólogos negam, já que o projeto não prevê que um especialista realize o teste.
O teste da linguinha:
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