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O uso de álcool pode aumentar a excitação, mas também acarretar problemas com a ereção. No momento das relações sexuais, muitos mitos envolvem o uso de alimentos no desempenho dos parceiros. No entanto, algumas dicas podem ajudar na hora H.
- O verdadeiro órgão sexual é o cérebro. Se ele não funciona bem, o resto falha. No sexo, não tem nada mais importante que o poder de sugestão - avalia o especialista em Infertilidade e em Sexualidade Humana , médico Sérgio Iankowski.
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Veja 11 afirmações sobre o assunto:
1. Comer ostras é garantia de uma boa noite de amor.
É mito.
Rica em zinco, a ostra ajuda na espermatogênese - processo de formação dos espermatozóides - e contribui para a formação de testosterona, o hormônio masculino. Mas comer antes do ato sexual não terá qualquer efeito. É preciso incluir na dieta não só a ostra, como outros alimentos que contenham zinco, encontrado em carnes magras, iogurtes e cereais enriquecidos.
2. Comer alimentos em formatos que lembram os órgãos sexuais masculino e feminino pode ajudar na hora do sexo.
Verdade, mas nem tanto.
Essa afirmação tem origem em crenças orientais antigas, mas não há nada comprovado. O que pode acontecer é o apelo visual acabar ativando a fantasia das pessoas e aumentando a excitação. Mas seria apenas pela sugestão.
3. Ginseng e açafrão podem melhorar o desempenho sexual.
Verdade, mas com um pouco de mito.
Alguns especialistas acreditam que, por ativarem a circulação, esses alimentos poderiam oferecer uma melhora no desempenho sexual. Já outros afirmam que as pesquisas feitas até então só atestaram a estimulação sexual em ratos, mas não há estudos que comprovem os mesmos efeitos em humanos.
4. Ovo de codorna tem fama de afrodisíaco, mas não é.
Mito, mas nem tanto.
Não há nenhuma comprovação científica, mas muitos especialistas acreditam que alguns nutrientes presentes no ovo estimulem ações fundamentais para o ato sexual. As vitaminas do complexo B, por exemplo, estimulam a glândula suprarrenal, dando ao indivíduo a sensação de poder e ânimo. Já a vitamina E melhora o cansaço e dá a sensação de bem-estar.
5. Chocolate estimula o prazer sexual.
Verdade.
Além de possuir propriedades estimulantes, o chocolate aumenta a produção de serotonina - o hormônio do prazer -, deixando a pessoa mais relaxada durante o ato sexual.
6. A catuaba aumenta o apetite sexual.
Mito.
O mito surgiu do sabor amargo que este alimento possui, mas não há nenhuma comprovação científica de seus poderes afrodisíacos.
7. Especiarias devem ser incluídas na dieta de quem quer ter um melhor desempenho sexual.
Verdade.
O cravo, a noz moscada, a canela e a mostarda, por exemplo, podem provocar o aumento da secreção de lubrificante vaginal na mulher e da produção de testosterona no homem. E por conferirem um sabor diferenciado aos pratos, podem servir como um aperitivo para uma noite romântica.
8. Alimentos picantes podem ajudar a ter uma noite excitante de amor.
Verdade, mas nem tanto.
O sabor picante pode ser provocante antes do ato sexual. Mas diretamente, esses alimentos não estimulam a libido. O que eles causam é uma maior atividade metabólica em geral, o que aumenta o calor corporal e a sensação de bem-estar. Mas esse estímulo extra é apenas psíquico.
9. Alimentos energéticos, como o amendoim, são afrodisíacos.
Mito, mas nem tanto.
As oleaginosas são ricas em ômega-3 e antioxidantes que podem melhorar a circulação e a lubrificação das mucosas, além de dar mais energia. Mas ainda não foi comprovado que sua ingestão tem ligação direta com uma maior excitação sexual.
10. Comer romã antes do ato sexual ajuda a ter mais prazer.
Mito.
Não há qualquer comprovação científica sobre isso. No entanto, a romã possui polifenóis, que ajudam na circulação sanguínea. Quando melhora a circulação, melhora também a libido, pois um tecido com mais sangue, leva mais sensações ao cérebro, tanto na mulher como no homem. Por isso, ele pode ser incluído na dieta para se obter esses benefícios.
11. Álcool aumenta a excitação sexual, mas causa problemas de ereção.
Verdade.
O álcool provoca o desejo, porque quem o consome se sente mais solto e desinibido. Mas logo após a euforia inicial, ele gera uma baixa no humor, o que pode inibir a ação sexual. Quando consumido em excesso, esses fatores se potencializam e podem até acarretar problemas com a ereção.