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Apesar de reconhecerem que o uso do preservativo é a melhor forma de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST), muitos brasileiros ainda adotam um comportamento de risco. Essa é a conclusão da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada pelo Ministério da Saúde, em 2013. Na região Sul, 96% das pessoas sabem da importância do uso do preservativo. Mesmo assim, 40% da população sexualmente ativa da região não fez uso da camisinha em todas suas relações sexuais com parceiros casuais, no último ano da pesquisa.
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Os dados regionais mostram que o uso do preservativo em todas as relações sexuais com parceiros casuais teve uma queda em 2008, mas voltou ao mesmo índice do início da pesquisa em 2013 - 60,9% em 2004, 47,6% em 2008 e 60,4% em 2013. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 16% em 2004 para 25% em 2008, chegando aos atuais 49% no ano de 2013.
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- Esses dados demonstram um esgotamento das estratégias tradicionais de prevenção focadas apenas nos preservativos - ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
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Situação no restante do país é semelhante
Segundo a PCAP, a maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção às DST e aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses analisados na pesquisa. O estudo entrevistou 12 mil pessoas na faixa etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa da população brasileira.
O uso do preservativo em todas as relações sexuais se manteve praticamente estável no Brasil nos últimos anos: 52% em 2004, 47% em 2008 e 55% em 2013. Além disso, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.