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Em 1995, com apenas 25 anos, João Aerton Brauner queria praticar um esporte diferente e encontrou na Orientação um desafio que exige esforço físico e mental. Hoje, aos 44, o gaúcho participa do Desafio do Mundial Master de Orientação. A disputa reúne 1790 atletas entre 35 e 95 anos de 38 países.
O ponto de partida é o Parque da Redenção, que recebeu os atletas nesta sexta para o treino preparatório. Com bússula e mapas, os participantes percorreram todo o parque buscando o melhor tempo para bater as metas do desafio.
A Orientação é um esporte que exige esforço físico e mental dos praticantes. Os iniciantes recebem treinamentos que vão desde a história dos mapas até geografia, para entender os diferentes solos e ambientes. A natureza é o campo de jogo da Orientação e preservá-la é prioridade máxima.
- Só depois de entender isso é que se parte para a arena. Afinal, na Orientação é necessário chegar em um local comum para todos os participantes, mas cada um escolhe a melhor rota e terreno para superar cada obstáculo determinado no menor tempo possível -, contou Brauner.
Aos 53 anos, Cesar Cordeiro criou o primeiro clube do Brasil de Orientação: o Orienteer, localizado em Porto Alegre. Antes disso, o esporte ficava restrito aos militares.
- Orientação não é um dom natural, tem que ser adquirido. Ele exige conhecimento técnico, pedagógico e físico para identificar os problemas de cada desafio, as soluções e construir uma ação rápida para conquistar as metas.
Mundial
Os 1790 participantes da 26ª edição Desafio do Mundial Master de Orientação estão chegando à capital. Nesta sexta e sábado, eles participam dos treinos preparatórios no Parque da Redenção. No domingo, já em Canela, acontece a largada. É a primeira vez que o evento acontece na América Latina. A programação completa está no site do World Masters Orienteering Championships. O sueco Rune Haraldsson, de 95 anos, é a atração do evento. Nascido em 1918, ele viaja a Europa a bordo de seu trailer participando de competições, superando problemas em um dos joelhos.