
Próxima sexta-feira, 8 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data acende um sinal de alerta para pais e médicos e coincide com a época em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma comissão para debater exclusivamente a obesidade infantil.
Hoje, são 25 milhões de crianças e adolescentes acima do peso, número que, em 2025, chegará a 70 milhões, conforme projeções de especialistas. Intimamente ligados, esses dois problemas são uma bomba-relógio no organismo dos pequenos. O aumento de colesterol determina um acúmulo de gordura nas artérias, com maior risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame).
O alto índice tem também forte influência familiar, diferentemente do aumento de triglicerídeos que basicamente ocorre devido a maior ingestão de gorduras e de açúcares. Se no passado a preocupação tinha como alvo apenas os adultos, hoje também afeta os pequenos.
A atenção deve estar voltada para alimentação correta e prática de exercícios físicos, evitando desde cedo que os índices sejam elevados trazendo graves consequências futuras, como atraso no crescimento, limitações físicas, dificuldades de aprendizado e de relacionamento interpessoal, gerando até depressão.
Segundo a gastroenterologista e membro do comitê de nutrologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Elza Daniel de Mello, uma dieta pobre em gordura e rica em frutas e verduras é essencial para que haja o equilíbrio nutricional. Ela também enfatiza a necessidade de incentivar a prática de exercícios físicos, limitando o uso de videogames, tablets e computadores, por exemplo.
- Não há dúvida que mais do que duas horas na frente de uma tela por dia está relacionado com obesidade. Para reverter isso, não se deve permitir computadores no quarto, por exemplo. E os pais precisam servir de exemplo - completa Elza.