Ao verem um jovem de 27 anos subir a ladeira sem cansar, respirando sem dificuldades, dois pequenos pares de olhos aflitos encontram a esperança de renascer. Artur, 10, e Daniel, 13, anseiam pelo dia em que terão o peito preenchido com novos pulmões. Se inspiram na trajetória de Henrique Busnardo, o paciente do primeiro transplante pulmonar intervivos realizado fora dos Estados Unidos, 15 anos atrás.
- Eu espero ficar igual a ele. Ou melhor - brinca Daniel, diagnosticado com bronquiolite obliterante, a mesma doença que levou Henrique a se deslocar de Curitiba para a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre em 1999.
Daniel veio de Aracaju (SE) e não deve ser submetido ao transplante intervivos por não ter parentes compatíveis com seu tipo sanguíneo. Está há um ano e sete meses aguardando um doador.
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Artur tem fibrose cística, detectada via Teste do Pezinho quando ainda era um recém-nascido. Precisa ganhar três quilos para poder agendar a cirurgia, semelhante à do paciente pioneiro. Para os dois, Henrique é o retrato do triunfo sobre a morte.
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