
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, em Brasília, o Ministério da Saúde divulgou o novo levantamento em relação ao casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Foram notificados 1.761 casos, 513 a mais em relação ao último boletim do final de novembro, divulgado no dia 30 de novembro.
- Enquanto não são confirmados e classificados, os casos estão em investigação - disse o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
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Segundo o relatório, Pernambuco segue com o maior número de casos, com 804. Na Paraíba, foram 316 notificações e um óbito; Bahia teve 180 registros e dois óbitos e, no Rio Grande do Norte, foram 106 casos e sete óbitos. O Ministério investiga as causas dessas e de mais nove mortes de bebês com suspeita de microcefalia.
Ao todo, 422 municípios de 14 unidades da federação registraram casos suspeitos até o último dia cinco. O Rio Grande do Sul não consta na lista. Apesar de investigar 11 casos da má-formação em bebês nascidos na Grande São Paulo, o estado de São Paulo não consta na lista do governo. Segundo Maierovitch, a pasta trabalha com informações repassadas pelas secretarias municipais, o que justifica a variação de alguns números.
Durante a entrevista, a pasta também explicou o novo critério adotado para notificação de casos suspeitos de microcefalia. Agora, são considerados suspeitos aqueles em que o bebê nasce com o perímetro cefálico (PC) menor que 32 centímetros.
- Esse protocolo é fruto de discussões com especialistas. Ele ajusta algumas definições que haviam sido feitas antes desse debate mais amplo - explicou Maierovitch, que salientou que crianças nascidas com PC entre 32 e 33 centímetros, antes a nova norma entrar em vigor, também serão acompanhadas, apesar de o risco de apresentarem a má-formação ser baixíssimo.
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Segundo ele, a nova medida tem como objetivo oferecer mais precisão para os casos confirmados de microcefalia. Mesmo com esta alteração, o especialista garante que o número de casos notificados não vai baixar. Entretanto, o número de confirmações, sim, pode sofrer mudanças.
Guerra contra o Aedes aegypti
O Ministério disse que conta com a parceria das Forças Armadas no combate ao mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus. No entanto, reforçou o pedido para que a população se engaje na luta contra o Aedes aegypti.
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- É a união dos Estados, municípios e de toda a sociedade brasileira. Cada um de nós deve ser colocado como um agente de endemia em nossas casas, ambiente de trabalho e de convívio social, trabalhando para eliminar locais com água parada - ressaltou o Secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi.