
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira a Campanha Nacional de Multivacinação para a atualização da caderneta de vacinas de crianças e adolescentes. O público-alvo é o das faixas etárias abaixo de cinco anos e entre nove e 14 anos.
A campanha começa na próxima segunda-feira (19) e se estende até o dia 30 de setembro em 36 mil postos fixos em todo o país. Quatorze tipos de vacinas serão disponibilizadas: dupla adulto, DTP, febre amarela, hepatite A, hepatite B, HPV, meningocócica C, pentavalente, pneumo, rotavírus, varicela, VIP, VOP e tetra viral. De acordo com o governo, foram enviadas a todos os Estados 19,2 milhões de doses extras para a ação.
Leia mais
Novo calendário de vacinação amplia e suprime imunizações
Com mudança na fórmula, vacina passa a ser mais utilizada que gotinha contra a paralisia infantil
O Dia D, de mobilização nacional, será em 24 de setembro, um sábado, quando as unidades de saúde estarão abertas durante o dia inteiro para realizar as imunizações.
De acordo com a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações, Ana Goretti Kalume Maranhão, o Brasil ainda precisa avançar no alcance vacinal de adolescentes, faixa etária considerada mais "resistente".
– A cobertura da vacina contra o HPV não chega a 50% do público-alvo, que é de meninas entre nove e 13 anos. A gente tem que fazer todo o esforço para conscientizar os adolescentes e suas famílias para a importância de fazer esta vacina – destacou.
Mudanças no calendário de vacinação
Em janeiro deste ano, a pasta alterou o esquema de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente.
A imunização contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (dois, quatro e seis meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.
Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de nove a 14 anos. Soropositivas de nove a 26 anos devem continuar recebendo três doses.
No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os quatro anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos três e cinco meses.
A pneumocócica sofreu redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (dois e quatro meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.