Realizado entre a tarde de sábado e a madrugada deste domingo, o João Rock - festival que recebeu mais de 30 mil pessoas em Ribeirão Preto - teve protesto contra a Copa do Mundo, a Fifa e a presidente Dilma Rousseff.
Tudo aconteceu no show da banda O Rappa, após o vocalista Falcão, aniversariante da noite, quebrar o protocolo e fazer um longo discurso contra a competição. Segundo ele, existem problemas, como a saúde, a segurança e a educação para serem resolvidos no Brasil. E que, mesmo se o Brasil for campeão, não mudará de opinião.
- A eleição vem logo depois e a gente não pode se esquecer disso - falou ao público que entoou xingamentos contra a Copa, Dilma e a Fifa.
- Eu jamais falaria isso, mas vocês veem que o desabafo não é meu, é de vocês, é nosso, é de todo mundo - completou.
Ele argumentou também que ama o futebol, mas precisa ser honesto.
- Como disse meu amigo Romário, ninguém está de bobeira mais.
O festival teve dez horas de duração e outros grandes nomes da música nacional, como Zé Ramalho, Nando Reis, Nação Zumbi e Paralamas do Sucesso, que entrou logo após o show do Rappa, mas sem discurso contra a Copa. Pelo Contrário, Hebert Viana usava um boné nas cores verde e amarelo.
Recentemente, outras personalidades manifestaram-se sobre a situação atual do país. O cantor Ney Matogrosso deu entrevista para o canal de TV português RTP fazendo duras críticas ao governo, dizendo que "hoje em dia, a saúde pública no Brasil é uma vergonha" e "está piorando", "a educação no país é vergonhosa" e "o transporte público é horroroso".
Já o vocalista Roger, do Ultraje a Rigor, rebateu declarações de que ele seria incoerente por tocar em um evento financiado pelo governo - que ele critica. Roger aproveitou para criticar planos como o Bolsa Família:
- Tenho certeza que, se fôssemos bem educados, ninguém precisaria de esmola do governo, assim como eu próprio nunca precisei.

