
As séries de TV, especialmente nos Estados Unidos, já começam a alargar temas e horizontes e cobrir possibilidades ainda não navegadas.
Uma das ainda raras séries com e para adolescentes, sem que a trama envolva vampiros, vai ao pote da sexualidade confusa e do desejo de ser popular dos jovens americanos no meio do redemoinho da high school. O resultado é a queridinha Faking It.
Nela, duas garotas no turbilhão dos 15 anos de idade não encontram jeito de chegar até o que elas desejam acima de tudo no mundo: a chance de não serem mais invisíveis no universo competitivo da escola secundária.
Acidentalmente, são tomadas como as duas primeiras lésbicas assumidas da escola, e o valor das ações delas explode.
O drama agora é grego. Elas são populares, mas sendo o que não são. Ou pelo menos o que uma delas acredita não ser. A outra, como em todo bom drama, passa a ter suas dúvidas quanto à natureza da sua relação com a amiga que ela agora beija na boca.
Os americanos vivem mais tranqueiras do que a gente, apesar da renda muito maior. A diferença está talvez no jeito mais aberto e confrontador com que eles vivem os seus conflitos. Faking It vai por essa fronteira entre o que era tabu e vira normal, em momentos de mudança na sociedade como este que vivemos.
Legal, divertida, mexendo com traumas, é uma série que é sem ser, assim como suas protagonistas.
Vá e veja, pois.